Bio reduzida
Ana Clara Mendes é Psicóloga, pós-graduada em Gestão, com Ênfase em Negócios. Possui certificado internacional em Coaching Executivo, Life Coaching e Coaching de Carreira. Atuou por mais de 14 anos na área de Desenvolvimento Humano e Gestão de Pessoas, passando por empresas multinacionais de grande porte. Mais tarde, cursou Psicologia Analítica Junguiana e mergulhou no mundo das Terapias Complementares, formando-se em Hatha Yoga Integral, Terapias Florais e Aromaterapia Integrativa. Atualmente, realiza atendimentos de Psicoterapia, Terapias Integrativas e Mentorias de Desenvolvimento Pessoal e Escolha de Carreira, além de ministrar cursos voltados para o autoconhecimento, o desenvolvimento emocional e a promoção da saúde de forma integral.
Minha história
Nasci em Belo Horizonte/MG no dia 05 de junho de 1987.
Minhas brincadeiras favoritas geralmente envolviam uma boa dose de risco e aventura: subir em árvores; pular muros; tocar campainha e sair correndo; esconde-esconde; pega-pega; rouba-bandeira; queimada; balão d’água, polícia e ladrão...
Nos parques de diversões, buscava as atrações mais “perigosas”: montanha-russa; kamikaze; barca; elevador que despencava do alto; roda gigante com gaiola que girava de cabeça para baixo...
Mas além desse lado extrovertido e aventureiro, havia momentos em que eu me isolava para me conectar com a natureza (sem saber que, fazendo isso, eu me conectava comigo mesma). Ali, eu sentia tudo com muita profundidade e me emocionava com tamanha beleza. E eu conversava muito! Com Deus, com as plantas, com as montanhas, com as águas dos riachos e cachoeiras, com os bichos, com as pedras, com as nuvens, com a Lua e com tudo o que alimentava a minha imaginação e a minha alma de criança.
Aos 14 anos, coloquei na cabeça que queria cursar Psicologia. E diferente da maioria das pessoas que escolhem esse curso, eu não queria atuar na área clínica. Meu desejo era desenvolver uma carreira na área de Recursos Humanos de uma grande empresa!
E foi nessa área que eu construí uma carreira sólida e atuei por 14 anos. Trabalhei em empresas multinacionais de grande porte, alcancei o cargo que eu almejava, liderei projetos de visibilidade, conquistei um salário acima da média e recebi o reconhecimento dos meus superiores. Mas definitivamente, eu não estava feliz.
Em 2014, com 27 anos de idade, eu tomava antidepressivo, ansiolítico e medicamento para dormir (além de antibióticos, anti-inflamatórios e analgésicos que eu tomava com frequência, já que eu vivia doente). Meu corpo gritava pedindo socorro e eu o silenciava com a justificativa: “preciso trabalhar; trabalho em primeiro lugar”.
Até que um dia, voltando de uma viagem de férias, dirigi por 700km com lágrimas nos olhos porque eu não queria retornar ao trabalho. Foi ali que eu entendi que tinha algo muito errado que precisava ser visto.
Aquela depressão era um chamado interno. Um convite para que eu tomasse consciência do completo esvaziamento de sentido que havia acontecido na minha vida. Percebi que eu estava desconectada. De mim, da minha essência, da minha natureza, da minha criança interior, da minha alma, dos meus sonhos mais profundos, da minha espiritualidade e do meu propósito de vida.
Mas eu não sabia o que fazer e não tinha ideia de quais seriam as minhas possibilidades fora daquele trabalho e daquele estilo de vida que me adoeciam.
Decidi então tirar um ano sabático para viajar pelo mundo: fazer um trabalho voluntário, estudar inglês, descansar, cuidar da minha saúde e “colocar a cabeça no lugar”. Mas para isso, eu precisaria de um dinheiro que eu não tinha.
Foi quando eu conheci o Minimalismo e comecei a transformar a minha relação com o dinheiro e o consumo: meu novo objetivo era adotar um estilo de vida menos consumista. Dessa forma, eu conseguiria investir em experiências de vida que realmente fizessem sentido para mim. A partir disso, fiz um planejamento com os lugares que eu gostaria de visitar e o valor que eu precisaria poupar ao longo de 12 meses. E com muito foco e disciplina, passei o ano de 2015 poupando cada centavo que eu podia, para realizar aquela viagem.
Muita gente me chamou de “doida”, “ousada” e “corajosa demais” naquela época.
- “Como assim você vai abrir mão de um emprego desse? De um salário desse?”
- “Como assim você vai viajar sozinha pelo mundo durante 1 ano?”
- “O que você vai fazer da vida quando voltar desempregada, depois de 1 ano fora do mercado de trabalho?”
- “O que vai ser do seu namoro?”
- “Você não vai sentir muita falta da sua família?”
O que quase ninguém sabia é que aquele projeto pessoal era o que estava me mantendo viva. Eu estava recuperando a minha capacidade de sonhar! Estava me reconectando com aquela criança corajosa e aventureira que eu fui um dia. Aquela criança que eu havia soterrado com tanta obrigação e excesso de carga de trabalho.
Em janeiro de 2016, após pedir demissão, embarquei com uma mala de 23kg rumo à minha liberdade. Ao longo daquele ano, viajei por 8 países (Barbados; São Vicente e Granadinas; Trindade e Tobago; Canadá; Estados Unidos; Argentina; Chile; Brasil) e conheci ao todo 58 cidades.
Como tudo na vida, meu ano sabático foi cheio de altos e baixos. Tive obstáculos que me fizeram rever a rota várias vezes e desafios que me trouxeram muitos aprendizados. Mas o saldo foi muito positivo! Conheci culturas diferentes e me conectei com muita gente querida que eu trouxe para a vida. E apesar de ter expandido muito a minha visão de vida e de mundo, o meu despertar estava apenas começando!
Quando voltei ao Brasil, em janeiro de 2017, fui convidada a retornar para a mesma empresa da qual eu havia pedido demissão. Mesma empresa, mesmo setor, mesmo cargo, salário ainda mais atraente. Mas eu já não era mais a mesma pessoa. E eu sabia que aquela carreira já não me nutria mais.
Decidi então que eu voltaria para a empresa até encontrar uma nova forma de trazer o meu servir para o mundo. Mas voltaria com uma nova postura: priorizando meu autocuidado e respeitando as minhas necessidades pessoais.
Foi aí que eu iniciei a trajetória que me levou a pedir demissão daquela empresa, pela segunda vez, quase 3 anos mais tarde.
Respeitando a necessidade de aprofundar meu autoconhecimento, comecei a buscar técnicas e ferramentas que me ajudassem a entrar em contato comigo mesma. Realizei uma formação de 1 ano em Hatha Yoga Integral; conheci o Sagrado Feminino e comecei a me tratar com a Ginecologia natural; fiz curso de Reiki; entrei para o Conselho das Anciãs das 13 Luas; conheci as Medicinas da Floresta e fiz muita Terapia pessoal!
Esse mergulho profundo no meu mundo interno contribuiu, não apenas para que eu me conhecesse mais, mas também para que eu me apaixonasse pelo universo terapêutico e ganhasse novas ferramentas (além da Psicologia), para atuar como Terapeuta.
Além disso, as formações em Coaching Executivo, Life Coaching e Coaching de Carreira que eu tinha feito pela empresa, também me trouxeram mais bagagem e ferramentas para trabalhar com pessoas que estivessem em busca de autoconhecimento e desenvolvimento pessoal.
O chamado de abandonar o mundo corporativo e fazer uma transição de carreira para “voar solo” foi crescendo no meu coração. Até que, em novembro de 2019, eu pedi demissão pela segunda vez.
Em fevereiro de 2020, 1 mês antes de estourar a pandemia de COVID-19, comecei os atendimentos online. De lá para cá, sigo buscando ampliar cada vez mais o meu repertório. Na área da Psicologia, realizei um curso de extensão em Psicologia Analítica Junguiana e venho estudando profundamente a interpretação e análise de sonhos. Na área das Terapias Complementares, formei-me como Terapeuta Floral e Aromaterapeuta Integrativa.
Em Outubro de 2020, mudei-me para Florianópolis/SC para realizar um sonho de infância: morar na praia! Mas muito além de estar perto do mar, o chamado real era para que eu aprendesse a viver em outro ritmo. Um ritmo que me conferisse mais liberdade, saúde, qualidade de vida, tempo, lazer e conexão: com a natureza, com o meu corpo, com a minha alma. Um ritmo que me permitisse não apenas trabalhar, mas também tomar banho de sol e de mar, celebrar a minha criança interior, tocar meu tambor e levar o meu corpo para dançar.
Mergulhar profundo me possibilitou um reencontro comigo mesma e abriu caminhos para que eu me encontrasse em um novo servir. E hoje, a minha missão é facilitar novos mergulhos para que mais pessoas vivenciem a benção desse reencontro consigo.
Vamos juntas?